E de ilusão o
poeta vai vivendo
E de sonhos
se alimentando
A tristeza no
olhar não nega que ele está sofrendo
Ele escreve a
minha dor, ele não tem pena de mim
Em um pedaço
de papel o poeta fala de mim
Ele
escreve o meu passado como se fosse tão presente
Ele
escreve o meu futuro, mas me deixa sempre ausente
Ele semeia a
semente do mal, e o bem eu já não sinto
É estranho
esse sentimento, querer e não poder
Está alem da compreensão
e do saber
Eu não quero
mais tentar
Então me
entrego à solidão com medo de perder
Tudo em
sequência, inocência e velha infância
Tudo tem uma
consequência, desde do dia em que agente deixa de ser criança
Não quero
compreender o que maltrata o coração
Cansando de
sangrar eu procuro uma solução
Não quero mais
me decepcionar com aqueles que querem me machucar
O poeta é
insistente
Fala a
verdade sem pensar
Fala a
verdade sem que eu queira ouvir
É tão triste
esses versos, eu os li só uma vez
Por que a dor é insuportável e irremediável
De mal a pior, agora estou melhor
Depois de sete linhas de pura inspiração
Eu pauso e regresso a minha solidão
Estar triste não é tão ruim assim
Vira verso, vira rima, vira solidão
Escrevendo esses trechos o poeta se esquece
Que cada linha é uma dor
E quem falou também sentiu
E no final até o triste poeta chorou
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